Amanda Simpatia

Amanda Simpatia é uma mulher cis, cuja identidade flui como o rio de sua nascença, o Rio
Potengi. Sob a nascente das margens indígenas potiguaras que deságua nas lágrimas do
Atlântico nas marés portuguesas. Desde 2015 escreve cordeis e a partir desses versinhos
expressa filosofia, desejos, causos, atos e manifestos socioambientais dos territórios. Seus
versos já foram questão de olimpíada nacional de robótica, premiados estadualmente, e
inclusive, também premiaram a própria autora nacionalmente. A poesia de Amanda
Simpatia voa fora da asa, através da literatura de cordel e também da poesia livre, onde
aproveita-as para publicar em livros e coletâneas. É professora de Geografia, licenciada
pelo IFRN- Campus Natal Central, comunicadora popular e coordenadora do
empreendimento solidário Rede de Comunicação Popular Socioambiental Árvore do Cordel.
Também participa de coletivos literários que atuam dentro do Estado do RN, bem como
nacionalmente, como é o caso do Mulherio das Letras Indígenas. Ativista pela vida e bem
viver planetário.

Poema autoral: MULHERES JURISTAS

A sociedade nossa
Tem o saber por fluente,
A defesa inteligente
Pra que todo mundo possa
Um dia sair da fossa
Ou entrá-la por completo,
Pois na Terra quem é reto
Muitas vezes paga mais
A culpa de outros ais
Por causa de outro feto.
Um exemplo disso é
O Direito feminino,
Menor que o masculino
Devido a essa fé
Que mulher pode até
Estudar e presidir
Porém se com homem ir
O negócio já é dito
O homem que é perito
E  ela vai a fingir.
No entanto a mulher
Seu Direito conquistou
Por todos eles lutou
E lutar ainda quer
Pois nas leis sempre requer
Essa nova construção,
Dela  ser a direção
Ter a voz e o comando,
Seguir livre labutando
Autora da criação.
Criação de novas leis
Para o ato melhorar,
Novo caminho traçar
Sairmos da lei de reis.
Lá na História vereis,
No século Dezenove
O Brasil já se promove
Na formação em Direito,
Quatro  Maria, perfeito!
Pra que o Tribunal renove!
Maria Fragoso é,
Também Delmira S. Costa,
Pioneiras na aposta
De advogar na fé.
Juntas colocaram pé,
Maria Augusta conselho,
Como Maria Coelho
Da Silva Sobrinha  fez,
Sendo mesmo a Myrthes,
Advogada espelho.
Antes  1900
Myrthes Gomes conseguiu
Ser primeira no Brasil
A defender julgamentos,
Emancipou fundamentos
Com palavras bem verídicas
A mulher fez-se jurídica.
Bernadete precursora
De Direito professora,
No ensino foi fluídica.
 Nos termos Educação
Tem Esther de Figueiredo
Ferraz, que não teve medo,
Estudou na opressão,
Escondida do paizão
Foi à Universidade
Morar em outra cidade.
Depois primeira reitora
Da América doutora,
Ministra foi de verdade.
Ainda no educar
Ivette S. Ferreira
Foi dirigente primeira
Na Faculdade a atuar,
Professora titular,
Coordenava, ensinava,
Na formação era brava
Dirigia o Direito
Lá na USP fez bem feito
Pra mudar que ela lutava.
Já na era de 2000
Ellen Gracie alcançou
Lugares que nem pensou
Na História do Brasil.
Passou no concurso, viu?
Para ser Procuradora
Da República, tutora,
Ministra foi da Suprema
Corte do Brasil, extrema,
No cargo foi precursora.
E tantas mulheres há
Atualmente lutando
Em Direito se formando,
Advogadas  que já
Juízas serão por lá
Onde dizem não haver,
Elas tão no proceder
Para não mais omitir
As manas que no porvir
Os frutos vão recolher.

descrição

O NEABI (Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas) é um grupo ou núcleo, geralmente ligado a instituições de ensino como universidades e institutos federais, que tem como objetivo principal promover estudos, pesquisas, ações educativas e culturais voltadas para as questões étnico-raciais, com foco nas populações negras e indígenas do Brasil.

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